Falar sobre segurança do paciente ainda é um grande desafio. Apesar deste assunto estar cada vez mais presente na agenda dos gestores de saúde, o tema ainda é recente para muitas organizações.
Na verdade, a primeira grande publicação internacional que apresenta as falhas de processos no atendimento em saúde chama-se “To Err Is Human”e foi publicada pelo Institute of Medicine em 1999, ou seja, a muito pouco tempo. Até então, as falhas de processos assistenciais que causavam danos aos pacientes eram consideradas relacionadas as doenças de base dos pacientes ou mero infortúito.
Várias organizações internacionais e órgãos reguladores de saúde de diversos países passaram a se organizar e trabalhar o tema desde então. Entre as organizações mais conhecidas podemos citar a Patient Safety Movement Foundation (PSMF) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), The Joint Commission e tantas outras.
Na medida que os estudos foram avançando, descobrimos o verdadeiro tamanho do problema. Segundo dados oficiais do Center for Disease Control – CDC, os eventos adversos são a terceira causa de morte nos Estados Unidos. No ano de 2014, 251.454 óbitos ocorreram em função de falhas de processo – eventos adversos.